Os estigmas que se verificam no corpo de alguns santos são marcas que, num primeiro olhar, nos remetem à crucificação de Jesus. Porém, elas devem nos falar ainda mais da Ressurreição!
Cristo ressuscitou, aleluia! Aquele que estava morto voltou à vida, demonstrando que a morte não tem poder sobre Ele. O Ressuscitado nos comunica os efeitos da sua ressurreição, isto é, a vida eterna! Ele nos dá a sua vida, nos dá o acesso à participação real na vida divina.
Mas… como podem os efeitos de um evento que aconteceu há mais de dois mil anos nos alcançar hoje? Pela fé e pelos sacramentos — de maneira particular, pelo batismo — participamos realmente, verdadeiramente, do evento da morte e ressurreição de Cristo. Gozamos os seus efeitos, isto é, a vida nova, vida eterna!
“Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá!” (Jo 11, 25)
A vida eterna não é apenas uma realidade futura, mas já é algo presente. Podemos viver a vida de Cristo ainda nessa vida, HOJE! Podemos viver a vida de Jesus que é pascal, ou seja, de morte e ressurreição, morrendo e ressuscitando com Ele: “Se morremos com Cristo, com Ele ressuscitaremos”. Jesus nos dá a graça de encarnar na nossa vida, a vida mesma de Cristo, até poder afirmar como o apóstolo: “não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
Os estigmas e os santos
Grandes sinais da participação na vida ressuscitada de Cristo são os santos. Homens e mulheres pecadores que acolheram a graça e a força da ressurreição e se deixaram transformar por ela.
Alguns deles, receberam marcas visíveis desta vida pascal: os estigmas. Ora, os estigmas que se verificam no corpo de alguns santos — como São Francisco, Padre Pio, Santa Gema Galgani, entre outros — são marcas que, num primeiro olhar, nos remetem à crucificação de Jesus. Porém, elas devem nos falar ainda mais da Ressurreição!
O Ressuscitado carrega e faz questão de mostrar aos seus discípulos as marcas da cruz. Ele, que está com o seu corpo glorioso, mantém em si as chagas da sua Paixão e morte. As chagas são, indiscutivelmente, marcas da morte, mas em Cristo toda morte e todo sofrimento — que não é senão uma pequena morte — se transforma em vida.
Os santos carregam em si as marcas da morte porque elas são, em Cristo, sinais de vida.
Cristo ressuscitou, aleluia! Ele venceu a morte. Nele temos vida eterna! Que Deus nos dê a graça de morrer com Ele, para com Ele ressuscitar!
Comentar