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Com Jesus, concretizar a “revolução do amor”

Nesta semana, em celebração a festa de Sant’Ana e São Joaquim, os frades carmelitas visitaram a casa de acolhimento de idosos, no municipio de Água Boa, em Minas Gerais. Os frades conversaram com os idosos, foi dada a benção dos doentes e a comunhão para os irmãos presentes.
Confiram algumas fotos:

 

Confira a homilia do Papa Francisco no Dia do Avós

No dia em que a Igreja celebrou a memória litúrgica dos avós de Jesus, o Papa Francisco presidiu à Liturgia da Palavra no local que é meta de uma tradicional peregrinação católica desde o final do século XIX.

Os povos nativos o denominaram “Lago de Deus” e “Lago do Espírito”, mas foi um sacerdote católico, dos Oblatos de Maria Imaculada, a estabelecer a primeira missão e batizar o local como “Lago de Santa Ana”. A primeira peregrinação foi organizada pelo Oblatos em 1889 e desde então, na semana do dia 26 de julho, festa de Santa Ana, se tornou um dos encontros mais importantes da região.

Revolução sem mortos nem feridos

Em sua homilia, o Papa evocou outro lago, que nos remete às “fontes da fé”, que é o Mar da Galileia, onde Jesus pregou o Reino de Deus. Mas não só, ali o Mestre anunciou algo revolucionário: «oferecei a outra face, amai os inimigos». O lago “tornou-se a sede de um inaudito anúncio de fraternidade; de uma revolução sem mortos nem feridos, a revolução do amor”.

Por isso, as águas de Santa Ana nos recordam que “a fraternidade é verdadeira se une os distantes, que a mensagem de unidade que o Céu envia à terra não teme as diferenças e convida-nos à comunhão, a recomeçar juntos, porque todos somos peregrinos a caminho”.

Às margens do lago, o Pontífice levou “a nossa aridez e as nossas fadigas”, os traumas das violências sofridas pelos nossos irmãos e irmãs indígenas e os terríveis efeitos da colonização, a dor indelével de tantas famílias, avós e crianças.

Mães e avós ajudam a sarar as feridas

Francisco fez uma menção ao papel vital das mulheres nas comunidades indígenas e recordou de sua própria avó, de quem recebeu o primeiro anúncio da fé e aprendeu como se transmite o Evangelho, mediante a ternura e a sabedoria da vida. “Sim, porque as mães e as avós ajudam a sarar as feridas do coração.”

Se na América Latina foi Nossa Senhora de Guadalupe que transmitiu a reta fé aos indígenas durante “a tragédia da conquista”, no Canadá esta “inculturação materna” deu-se por obra de Santa Ana, unindo a beleza das tradições indígenas à da fé e plasmando-as com a sabedoria de uma avó, que é mãe duas vezes.

De fato, a dor da comunidade indígena é porque as avós indígenas foram impedidas de transmitir a fé na sua língua e na sua cultura. “Uma tragédia”, definiu o Papa.

Por isso, todos nós, como Igreja, precisamos de cura: precisamos “ser curados da tentação de nos fecharmos em nós mesmos, de escolhermos a defesa da instituição em vez da busca da verdade, de preferirmos o poder mundano ao serviço evangélico”.

O clamor dos últimos

É hora também de ouvir os gritos dos últimos: o clamor dos idosos, que correm o risco de morrer sozinhos, o grito de adolescentes, que delegam a sua liberdade a um celular ou às dependências. E nos questionar: somos capazes de responder a esses gritos? Ao grito das periferias e dos indígenas.

“Queridos irmãos e irmãs indígenas, vim como peregrino também para lhes dizer quão preciosos são para mim e para a Igreja. Desejo que a Igreja esteja tão unida. Que o Senhor nos ajude a avançar no processo de cura, rumo a um futuro sempre mais sadio e renovado.”