Neste sábado, 15 de agosto, das 6h às 21h, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) organizou o “Dia de Oração pela Vida e pelo Brasil”. Ao meio-dia os sinos das igrejas brasileiras tocarão em memória das mais de 105 mil vítimas da Covid-19, por seus familiares e pelos profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate ao novo coronavírus. Em comunhão com a Igreja do Brasil, as comunidades da Província Carmelitana de Santo Elias também se preparam para repicar os sinos de seus santuários, conventos, igrejas e paróquias. Os momentos de oração, a nível nacional, poderão ser acompanhados pelas redes sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e também pelos canais de TV de inspiração católicas do país.
Segundo o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, a Conferência organizou este dia para unir toda a Igreja no Brasil em torno da oração como forma de contribuir para a superação do quadro tão triste da pandemia e do avanço do coronavírus no país, e também para reforçar sua atuação em torno do “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, construído em parceria com um conjunto de organizações da sociedade brasileira.
Para o arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, a entidade assinou o “Pacto pela Vida e pelo Brasil” impulsionada por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável da luz da verdade, luz indispensável para clarear caminhos e rumos novos que a sociedade brasileira precisa, com urgência, para construir um novo tempo.
Segundo ele, a missão evangelizadora da Igreja, no rico e interpelante horizonte de sua Doutrina Social, não se exime na tarefa de, em cooperação com segmentos da sociedade civil, no que lhe é próprio e devido, ajudar a superar injustiças e discriminações para com os pobres e vulneráveis, defesa dos direitos e promoção da justiça, apoio à democracia e contribuição na conquista do Bem comum. “A Igreja assim o faz, estando no coração do mundo solidária, na força do testemunho do Reino de Deus, a caminho”, afirmou.
Dom Joel explica que o “‘Pacto pela Vida e Pelo Brasil’ não se trata apenas de um documento a mais em meio a tantos, mas um processo, um conjunto de atitudes que não podem ser adiadas”. Em razão disto, o Conselho Permanente, órgão deliberativo mais importante da CNBB, abaixo apenas da Assembleia Geral da Conferência, aprovou, por unanimidade, que se faça uma consulta ampla a todos os bispos e, por meio desses, às demais instâncias da ação evangelizadora no Brasil, de modo que, através da colaboração de todos, em clima de fraternidade e comunhão, se possa contribuir para a superação de um quadro tão triste como o atual.
Com o dia de oração e reflexão, informa o secretário-geral da CNBB, inicia-se um processo que deve perdurar enquanto durar a pandemia. O ideal, destaca Dom Joel, seria não precisarmos fazer isso. “Se é necessário fazer, nós o faremos, dialogando continuamente com as demais entidades que assinaram o Pacto e com todas as outras que desejarem unir forças”, disse.
O que é o “Pacto pela Vida e pelo Brasil”?
O Pacto foi assinado em 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, por seis entidades representativas de diversos setores da sociedade brasileira. O documento foi lançado num período em que o Brasil se deparava com o agravamento da pandemia. O Pacto começou a ser elaborado cerca de um mês antes, por meio de reuniões entre representantes das entidades signatárias, todas preocupadas com o quadro que se agravava no país. A CNBB, seguindo a trajetória de seis décadas de compromisso evangélico com a realidade nacional, fez parte, desde o primeiro momento, das reflexões e da formulação do texto.
Saiba mais sobre o “Pacto pela Vida e Pelo Brasil”.
Confira o site e a programação do ‘Dia de Oração pela Vida e pelo Brasil’.
Fonte: Da redação, com CNBB
Comentar