“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos” (Lc 4, 18).
Esta é a missão que Jesus recebeu do Pai. Para que esta missão pudesse ser continuada em nome dEle, Jesus convocou um grupo, formou uma comunidade. “Chamou a si os que ele quis, e eles foram até ele. E constituiu 12, para que ficassem com ele, e para enviá-los a pregar e terem autoridade para expulsar os demônios” (Mc 3, 13-15). Assim, são dois os movimentos básicos da missão: “ficar com Jesus”, e “pregar e expulsar os demônios”.
O missionário carmelita em primeiro lugar une-se a Jesus, busca ter o Espírito de Cristo, e constitui uma equipe. Num segundo momento revela o Pai, é testemunha de Jesus e assume a luta que o Senhor iniciou contra os demônios, isto é, os poderes do mal que estragam a vida do povo e a empobrecem.
São dois aspectos que se completam como dois lados da mesma medalha. O estar com Jesus, a oração, a vida de fé em comunidade e o trabalho em equipe dão consistência e conteúdo à Palavra que se anuncia e à luta que se trava. A Palavra e a luta, quando são frutos da vivência do Evangelho, revelam a dimensão do Reino que existe no esforço humano de transformação e libertação.
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