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Formação Interna: O sacerdote e o religioso no pós-pandemia

No dia 30 de abril, os frades da Província Carmelitana de Santo Elias estiveram reunidos para a formação interna, previsto no calendário formativo. O encontro teve como tema “Pandemia, ministério e sentido de vida” e o objetivo foi refletir sobre o sacerdócio e a vida religiosa neste tempo de pandemia.

O evento recebeu o psicólogo Paulo Roberto Rech para refletir junto com os frades sobre o tema. Ele falou sobre as consequências da pandemia no cotidiano e sobre a vida consagrada dentro deste contexto.

O palestrante apontou quatro consequências: isolamento, medo, insegurança e vazio existencial.

“A primeira consequência foi o isolamento. Talvez tenha sido visto como férias forçadas por um certo tempo, mas em seguida acentuaram-se os aspectos psicológicos mais danosos do isolamento. Com o acumular-se de notícias assustadoras sobre o vírus, sobre o alto índice de infecção e de letalidade, sobre as difíceis condições dos hospitais e estruturas de saúde pública, o medo e a insegurança tomaram conta na vida de tantos. E vazio acontece quando algo não está preenchido. O Ser Humano ao experimentar o vazio existencial fica naturalmente desorientado e perde o sentido da vida. Como vimos, a nossa existência (ou o nosso Eu, a pessoa) se preenche com a realização dos Valores que estão ao nosso alcance no momento presente da nossa vida”, explicou.

Convidou também os freis participantes a observarem alguns passos fundamentais  que podem ajudar sacerdotes e consagrados a saírem de situações de crise existencial, também de transtornos mais sérios, como o pânico e fobia social.

  1. O “colocar os pés no chão”. A fantasia e tudo que nos leva a ficar “nas nuvens” tende a nos tirar da realidade e a perder o contato com a possibilidade de realizar valores.
  2. “Ir ao encontro do outro”. Independente da pandemia, parece que perdemos um pouco dessa cultura, mas com certeza a pandemia acentuou o isolamento, que precisa ser revertido. Ir ao encontro do outro, seja ele um paroquiano ou outro sacerdote, colega ou religioso.
  3. “Viver e decidir junto com o outro”: É algo que vem sendo enfatizado desde o Concílio Vaticano II, quando começa a circular o conceito de Igreja Comunhão. É um fato que ainda estamos aprendendo o significado e a riqueza que é fazer e construir juntos.

O psicólogo finalizou dando o encontro dando 5 dicas para uma vida comunitária saudável.

“É fundamental entender: quem somos, o que somos chamados a viver, que somos imperfeitos, que devemos recomeçar sempre e que devemos dizer sim à vida fraterna que começa em nós mesmo”, finalizou.

O Prior Provincial, Frei Adailson do Santos, O.Carm., também esteve presente e explicou que este encontro de formação permanente é de grande importância para os religiosos da Província.

“Mesmo não podendo fazer o encontro presencial, não abrimos mão de realizá-lo. O encontro foi muito proveitoso, mesmo diante das circunstâncias atuais e o tema nos chamou muita atenção, de forma especial, porque estamos vivendo neste momento de pandemia e pudemos refletir acerca do impacto dela no nosso ministério, resgatando o sentido da vida.”, partilhou.