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Frei Carlos Mesters fala sobre o livro Santa Teresa de Lisieux, Além das Rosas

Frei Juliano Luiz da Silva, O.Carm, lança no dia 9 de novembro seu primeiro livro Santa Teresa de Lisieux, Além das Rosas e a apresentação do livro foi realizada pelo Frei Carlos Mesters, O.Carm, teólogo e um dos principais exegetas bíblicos do Brasil. O lançamento acontecerá às 20h, no instagram @somoscarmelitas.

Confira a apresentação na íntegra:

Você me pediu para fazer uma breve apresentação do seu livro sobre “Santa Teresa de Lisieux… Além das Rosas”. Fiquei feliz com o seu pedido e faço a apresentação com muito gosto, pois o testemunho de vida de Santa Teresa do Menino Jesus me fascina e me atrai. Ela é uma das maiores santas para nós hoje. Nesta breve apresentação você vai perceber por que gostei tanto do seu livro sobre Santa Teresa do Menino Jesus.

Gostei da maneira como você abordou e apresentou a vida e a mensagem de santa Teresa. Logo no primeiro capítulo, você começa descrevendo o contexto de vida em que ela nasceu e cresceu, e as pessoas com que conviveu: os pais, as irmãs e os irmãozinhos falecidos. Você lembrou o contexto “jansenista” da época. E lembrou três fatos marcantes da vida de Teresa que tiveram influência na maneira de ela compreender a sua missão: a doença estranha, a graça de Natal e a conversão do criminoso Pranzini, pelo qual ela tinha rezado tanto.

Gostei também da objetividade com que você apresenta algumas expressões ligadas à vida de Santa Teresa. Você não exagera para um lado nem deprecia para o outro lado. Por exemplo, a expressão “Infância espiritual”. Para muitas pessoas, esta expressão é a chave principal para elas entenderem a espiritualidade de Teresa. Você mostrou que a expressão não vem da Teresa, mas vem das pessoas que falaram ou escreveram sobre ela. Você mostrou que, na vida de Teresa, a “infância espiritual” não tem nada de infantil, mas é o fruto de uma grande maturidade de vida. O mesmo senti quando, no fim do 3º capítulo, você fala da Teresa como Mística e Missionária. Você esclarece, ou melhor, alarga e aprofunda os conceitos de “mística” e de “missionária”.

Gostei da maneira simples como, logo no primeiro capítulo do seu livro, você aborda e percorre o longo caminho desde o nascimento da Teresa em 1873 até a sua morte em 1897; e desde a sua canonização em 1925 até a sua proclamação como Doutora da Igreja em 1997.

Foi muito esclarecedora para mim a maneira como você, no 2º capítulo, descreve a longa história da redação dos escritos da Teresa, a saber, os três manuscritos A, B e C, nos quais ela conta algo da sua história pessoal; as muitas cartas, as poesias e as orações. Você mostrou os motivos, as circunstâncias e o momento exato em que estes escritos foram nascendo na vida da Teresa.

Ao longo das páginas do seu livro, Teresa aparece como uma pessoa muito humana, com suas qualidades e limitações, que ela soube aceitar como instrumentos de Deus para poder colocar sua vida a serviço de Deus e dos outros. Teresa aparece como uma pessoa, igual a todos nós. Por isso, durante a leitura do livro, sem me dar conta, crescia em mim uma quase identificação. A vida de Teresa aparecia como um convite: “Venha você também!”

O que ficou mais claro para mim durante a leitura do seu livro é a total entrega da vida de Teresa na mão de Deus, na mão da misericórdia de Deus. No fim da vida, ela se apresenta como quem está de mãos vazias diante de Deus e se abandona nas mãos dele. Foi Deus quem realizou nela esta doação. Totalmente entregue, ela deixou Deus atuar, sem interferir em nada.

Achei importante o destaque que você deu às poesias da Teresa. As poesias são bem mais do que palavras bonitas; elas são a expressão da doação que o próprio Deus realizou na vida dela: o Deus de amor. Você destacou sobretudo duas poesias “Viver de Amor” e a poesia dedicada à mãe de Jesus: “Porque te amo Maria, ó Maria”.

No seu livro, você lembra as muitas correspondências da Teresa e destacou as correspondências dela com dois missionários: Maurice Bellière e Adolfo Roulland. Aí você citou esta frase: “Vindo de um santo nada é banal”. De fato, vindo da parte da Teresa, tudo pode ter um significado especial. Isto, eu o percebi na maneira de você reproduzir vários trechos das cartas que ela escreveu para estes dois missionários.

Gostei muito da maneira de você mostrar como a vida de Tereza foi uma vida no Espírito do Profeta Elias, em estreita união com o espírito da tradição da Família Carmelitana.

Caro frei Juliano, o que acabo de escrever para você, é o que ficou na minha memória depois da leitura do seu livro. Muito obrigado pelo livro.  Santa Teresa do Menino Jesus também agradece.

frei Carlos Mesters