Há 42 anos, em 11 de março de 1982, morria o Servo de Deus D Gabriel Bueno Couto, O.Carm.
Nascido no interior paulista, em Itu, no dia 22 de junho de 1910. Filho de Porsino Camargo Couto e Gabriela Bueno Couto. Recebeu o nome de Paulino. Realizou seus estudos primários no Grupo Escolar “Cesário Mota”.
Em 1923 entrou para o Seminário Arquidiocesano de São Paulo, em Bom Jesus de Pirapora, pela inexistência de um Seminário próprio dos carmelitas. Mais tarde transferiu-se para a Escola Apostólica Carmelita de Itu, então designada como marianato, onde completou os estudos das humanidades.
Em 1927 fez o nociado no convento do Rio de Janeiro, assumindo o nome de Frei Gabriel e professando os votos religiosos em 30 de dezembro de 1928, na chamada Província do Rio de Janeiro. Nesse convento também cursou o primeiro ano de filosofia. O segundo ano do mesmo curso o fez no novo convento de São Paulo, para onde foram transferidos os estudos superiores no inicio de 1930.
Chega a Roma no dia 7 de outubro de 1930. No período de 1930 a 1935, perfaz o curso de quatro anos de teologia no Studium Generale e aí obtém o leitorado em 1934. Diplomou-se em biblioteconomia pela Biblioteca Vaticana. Emitiu sua profissão solene na Ordem em 1931. É ordenado presbítero em 9 de julho de 1933. Inscreve-se na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana – Roma em 1934. Defende tese de doutorado em 1936. Celebra sua primeira missa solene no Brasil na matriz da Candelária de Itu a 24 de novembro de 1937.
Entre suas missões, desempenhou:
- Professor na Faculdade Teológica do Studium Generale de 1938 a 1939;
- Professor também de filosofia no Instituto Pio XI, de propriedade da Ordem;
- Mestre (formador) dos estudantes por vários anos a partir de 1938;
- Vigário Prior do Colégio de 4 de novembro de 1943 a 1946;
- Assistente Geral da Ordem de 1946 até 1947, quando foi nomeado bispo titular de Leuce na Tracia, precisamente no dia 26 de outubro.
Sua ordenação episcopal aconteceu em 15 de dezembro do mesmo ano na Igreja da Traspontina em Roma. Foi nomeado bispo-auxiliar de Jaboticabal (SP) e assumiu o cargo em 15 de fevereiro de 1947. Em 1948 constituiu o mosteiro “Flos Carmeli”, dedicado à vida contemplativa, com religiosas carmelitas provindas da Holanda. É designado bispo-auxiliar de Curitiba, no ano de 1954, a pedido de D. Manuel d’Elboux, função esta que não pôde exercer em razão da precariedade de saúde, isto é, tuberculose pulmonar.
Transferido como bispo-auxilliar para Taubaté (1956), quando esteve internado no Sanatório das Pequenas Irmãs de Maria Imaculada para tratamento de saúde, em São José dos Campos e designado para bispo-auxiliar da arquidiocese de São Paulo em 1965. Ocupou o cargo de Capelão Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Pároco da paróquia universitária do Coração Imaculado de Maria, criada , em 1965, pelo cardeal arcebispo de São Paulo D. Agnello Rossi .
No dia 21 de novembro de 1966 foi nomeado primeiro bispo titular de Jundiaí. Foi um dos redatores finais, em 1972, do documento dos bispos “Testemunho da paz” contra as prisões políticas e as torturas. À frente da diocese de Jundiaí veio a falecer em 11 de março de 1982.
O processo de canonização foi aberto e Dom Gabriel Bueno Couto, reconhecido como Servo de Deus.
(Cf. Antonio Silvio da Costa Junior, “Bueno Couto, Gabriele Paolino, servo di Dio, vescovo O. Carm., 1910-1982”, in Dizionario Carmelitano, a cura di E. Boaga, O.Carm. e L. Borriello, OCD, Roma, 2008, 110). N.B. foram acrescentados ulteriores dados à biografia.
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