O mês de maio é dedicado pela Igreja especialmente para o louvor de Nossa Senhora. A tradição remonta aos tempos barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio, o mês de Maria incluía exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus.
As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.
Normalmente, a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em uma grande celebração.
Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas atividades “da paróquia”. Mas, o mesmo pode e deve ser feito nos lares.
Maria e o Carmelo
Maria e o Carmelo caminham juntos. A Ordem Carmelitana adquiriu uma rica herança mariana ao longo dos séculos.
No Carmelo a vida contemplativa e a experiência mística são frequentemente definidas como tendo características marianas. Maria acompanha os carmelitas contemplativos em sua jornada para a união divina. Além disso, muitos místicos carmelitas tiveram experiências nas quais Maria tinha seu papel central.
Quando os Cruzados chegaram à Terra Santa, no século XII, divulgou-se que encontraram vivendo no Monte Carmelo, uma colônia de eremitas que afirmavam ter o profeta Elias como fundador e patrono, e a Mãe de Deus como a Virgem do Carmelo. Por causa da devoção que tinham a Nossa Senhora, eles ficaram popularmente conhecidos como a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo ou Ordem do Carmo, ou simplesmente carmelitas.
Naquele local ermo, vivendo abrigados na própria natureza, aqueles homens puderam cultivar ardorosamente a devoção a Virgem Maria, manifestando a grandeza de seu amor. Inicialmente ao ar livre, unidos ao redor da rústica Ermida, junto à fonte de Elias, onde piedosamente rezavam à Virgem do Carmelo, exaltando e louvando a bondade Divina.
Quando o sol da tribulação atingiu a Ordem dos Carmelitas, quando perseguida e desprezada, recorreram a Maria. Um dia em que, como tantas vezes, rezava a oração do «Flos Carmeli», apareceu a São Simão Stock, prior da Ordem, a Virgem Maria na sua cela e entregou-lhe o Escapulário dizendo que este símbolo era o sinal da sua proteção para com os carmelitas e para quem a partir de então o usasse. Acredita-se que esta aparição se deu na noite de 15 ou 16 de julho.
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Seguir a Regra do Carmelo é imitar a Maria. Maria é a Mãe, Irmã, Mestra, Defensora, Consoladora, Modelo, Refúgio, Esperança e a Glória dos Carmelitas.
Recordemos a oração que São Simão rezava quando lhe apareceu a Mãe do Céu, da Terra e do Carmo, dando-lhe o Escapulário:
Do Carmo a Flor
vide florida
do céu esplendor.
Virgem fecunda,
singular
Mãe sem par
De homem ignorada!
Ao Carmo vem dar
a tua ajuda.
Estrela do mar!
Fonte: ACI Digital, escritos da Ordem e site Carmelitas Missionárias do Espírito Santo
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