Tal como uma semente plantada num dia especial em que o Criador decide iniciar um ciclo, uma história, um tempo de graça, assim o Carmelo de Jaboticabal um dia foi plantado e com as chuvas de bênçãos e o cultivo do Divino Jardineiro, chegou neste dia memorável em que celebra 70 anos de história.
No dia 6 de dezembro de 1948 chegava aqui na cidade de Jaboticabal uma comunidade de dez Irmãs Monjas Carmelitas vindas da Holanda. Elas, e tantas outras irmãs no decorrer da história, dedicaram suas vidas numa entrega total a Deus, pela oração, pela fraternidade e o serviço. A missão de abraçar e levar diante de Deus e de Nossa Mãe, a Senhora do Carmo, todas as pessoas que nos pedem e suplicam as bênçãos do céu, faz com que os muros do mosteiro sejam ultrapassados com as orações, preces, súplicas e louvor ao Eterno Pai em favor da Igreja e do mundo.
Essa frondosa planta nos enche de gratidão, porque ela não se limita ao tempo e ao espaço, pois a vocação carmelita contemplativa abrange de forma particular a vivência da alegria e do amor, fazendo assim com que a comunidade se torne o coração da diocese da qual bombeia sangue novo no corpo místico de nossa Igreja particular.
Um sentimento de gratidão nos envolve de modo especial pelas irmãs holandesas, fundadoras dessa casa, pela disposição, empenho e coragem. Também pelo venerável Bispo auxiliar da época, Dom Frei Gabriel Paulino Bueno Couto, que foi o idealizador dessa fundação e tanto trabalhou para que o Brasil, e mais ainda nossa querida cidade, contasse com um mosteiro de Monjas Contemplativas Carmelitas.
Este momento especial desperta em nossos corações um olhar de gratidão para o passado, um desejo de viver apaixonadamente o momento presente, e a firme vontade de abraçar o futuro com esperança.
“Flos Carmeli, vitis florigera, splendor Coeli, Virgo puerpera, singularis! Mater mitis, sed viri nescia, Carmelitis esto propitia, Stella Maris!”
Flor do Carmelo, Videira florescente, Esplendor do Céu, Virgem Fecunda e Singular. Mãe Afável, Mãe sempre Virgem, aos Carmelitas sede propícia. Ó Estrela do Mar!
Texto: Irmã Silvana Cristina, O.Carm.
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