Queridos irmãos e irmãs,
Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja, inicia seu ‘Sermão do Nascimento do Senhor’ com o primeiro versículo do Prólogo do Evangelho de São João: “No princípio existia a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus” e, “a Palavra se fez carne e habitou entre nós”. No mesmo sermão ele define a eternidade do mistério do Natal como o “dia sem ocaso porque também não teve aurora”. Assim, o Natal é a manifestação do amor de Deus, “a Palavra única de Deus, a vida e a luz dos homens, é o dia eterno”.
Vivemos tempos sombrios, tempos difíceis, tempos nebulosos, porém, jamais sem o amor de Deus. Temos a oportunidade de, mais uma vez, voltar o nosso coração e o nosso olhar para o nascimento do Menino Jesus em nossas vidas. Temos a chance de novamente reacender em nós a chama do Amor, da Esperança e da Vida.
O Natal é tempo propício para revisitarmos a manjedoura do Menino Deus e ver o quanto o Pai nos ama e quer bem. É tempo de expressar afeto e amor às pessoas que nos rodeiam. O Natal é, sobretudo, um gesto de aceitar ser amado por Deus e pelos outros. Deus nos presenteia, dando-nos o seu Filho, que se fez carne e habita no meio de nós.
O Natal é tempo de esperança, de nascimento e vida nova. Ao celebrarmos o Natal do Senhor mais uma vez, Ele nos propicia a oportunidade de renovar a chama da esperança e da certeza de que dias melhores virão. Nunca percamos o horizonte de um novo nascimento. Pois, o verbo do Pai se manifesta como centro da história. A Ele acorrem os pastores, os sábios e os pobres, porque Ele é luz que ilumina, é a verdade que convence, é a resposta dos anseios mais profundos do ser humano.
Desejo a você e sua comunidade um Santo e Feliz Natal!
Frei Adailson Quintino dos Santos, O.Carm.
Prior Provincial
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