A vocação é um chamado de Deus. Primeiramente, um chamado universal à santidade. “O Deus de toda graça que nos chamou à sua glória eterna em Cristo Jesus” Pd 5,10.
Ele, para atender às necessidades da Igreja, suscita em todos os cantos e em todas as épocas vocações particulares e o desejo nos jovens de realizar uma entrega total de suas vidas a fim de pregar o Evangelho e converter os pecadores Para que a vocação possa ser reconhecida e desenvolvida é essencial o florescimento de famílias católicas nas quais os pais sejam devotos fiéis a Deus e abertos à vida de tal modo que os filhos aprendam a amá-Lo por meio do exemplo paterno.
Em um ambiente com amor, harmonia e catequese as crianças aprenderão os fundamentos da fé e com a maturidade poderão se engajar no desenvolvimento de suas vocações. É necessário que os pais se preocupem mais em formar santos que em trabalhadores para o mercado de trabalho. Embora o trabalho seja parte do processo de crescimento pessoal e santificação de uma pessoa, ele não pode ser o fim último e a razão da vida de uma pessoa.
Todos nós e principalmente os mais jovens precisamos estar atentos para discernir esse chamado de Deus, que é condição necessária para alcançarmos a verdadeira felicidade. Nestes tempos barulhentos, precisamos, também, nos esforçar para buscar o silêncio tanto fora de nós, quanto no interior de nossa alma. Somente no silêncio Deus poderá manifestar Sua vontade a nós. Neste mesmo sentido, todo aquele que sente um chamado especial à vocação religiosa ou sacerdotal é convidado, também, a renunciar a adoração deste mundo e a buscar o Reino de Nosso Senhor. Tendo em perspectiva que todas as alegrias e prazeres que podemos viver aqui são passageiras e o que o mundo pode nos oferecer é muito pouco perto das promessas de Jesus Cristo.
Por muito tempo e pelas circunstâncias da vida, estive desatento à voz de Deus. Entretanto, Ele com grande misericórdia nos dá muitas chances para realizarmos com mais perfeição a Sua vontade. Pela graça d’Ele e pela intercessão de Sua Santa Mãe, a Virgem do Carmo, eu ingressei na Ordem Terceira do Carmo de forma que parecia improvável e o contato com a Ordem me revolveu o latente desejo de melhor conhecer a vida religiosa.
Peçamos sempre à Nossa Senhora para continuar suscitando novas e santas vocações em todos os lugares deste mundo.
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