“É preciso um profundo contato com Deus, a fim de discernir quais são os caminhos que Deus aponta para a vida daquele que se sente chamado para a consagração na Vida Religiosa e no ministério da vida ordenada.”
Continuando nossa série sobre os testemunhos vocacionais, hoje apresentaremos a vida do Frei Atanael de Almeida Lima nasceu em 1975 na cidade de Osasco. Seus pais, nordestinos provindos do sertão da Bahia , migraram para o estado de São Paulo para tentar melhores condições de vida. Tendo Atanael nascido em Osasco, foi morar em uma região rural que fica entre as cidades de Salto e Itu, duas cidades do interior de São Paulo, passando lá boa parte de sua infância. Após os 10 anos, seus pais se mudaram para Itu, e em suas palavras, “uma vez morando na cidade, eu comecei a participar de maneira mais intensa da vida da Igreja “. Isso só foi possível depois que ele se mudou para a cidade, tendo assim a oportunidade de participar da catequese.
Após a 1º comunhão, foi direcionado para o grupo de coroinhas, cujo coordenador era vocacionado carmelita, e o incentivou a também participar dos encontros. Contava então com cerca de 14 anos, e após 3 anos de discernimento foi admitido como seminarista menor na própria cidade de Itu, terminando o ensino médio aos 18 anos.
Logo após foi para Belo horizonte estudar a etapa do pré-noviciado, no ano seguinte fez o noviciado em Paranavaí, completando o estudo tanto de Filosofia quanto Teologia em São Paulo.
Para além da realidade histórica, é possível perceber também uma realidade transcendente, que nós não conseguimos explicar, assim como não explicamos a vocação. Sua família, bastante católica, o ensinou as coisas própria de uma vida de piedade cristã: seu pai o ensinou a ler a Bíblia, sua mãe e suas irmãs mais velhas o ensinaram as primeiras orações. Desse modo, “é sempre muito importante viver profundamente a vida da família, e se a família for religiosa, tanto melhor”, como ele mesmo afirma. Mas a vida paroquial, como ele frisa, também é extremamente importante para um amadurecimento da vocação do indivíduo.
O testemunho vocacional de hoje nos ensina que é preciso estar em uma vivência cristã para o amadurecimento da vocação, pois ela não brota sem uma experiência, e uma experiência com Jesus, e como ele mesmo frisa, “é preciso ser amigo de Jesus”, pois Ele é o modelo para a vocação do cristão em qualquer área da vida. Que todos possam fazer a experiência com o Cristo e a partir d’Ele aprender a levar Sua mensagem segundo cada vocação.